Combate as Drogas
é um assunto que tem me ocupado muito durante o mandato. Como servidor da
Secretaria de Educação penso que é na infância e principalmente na adolescência
que estão as chaves para que essa luta da nossa comunidade contra as drogas
irão ter mais sucesso.
Abaixo um artigo
interessante sobre Drogas e Adolescência:
Não é um fenômeno único e isolado, o fato do grande aumento do
uso de drogas entre os adolescentes, durante a década passada, no Brasil,
Estados Unidos e em outros países. Acreditava-se que, na década de 60 os jovens
passaram a consumir mais drogas com o advento da cultura e essa crença
limitava-se somente aos jovens. Tal crença é uma ilusão e só pode obstruir as
tentativas de se colocar o problema em perspectiva dequada.
O emprego e abuso propagado
de drogas não se restringem aos adolescentes e não começou com o advento da
cultura jovem dos anos 60, como qualquer um que tinha 20 anos na década de 20
pode atestar.
Conquanto possa haver
diferenças significativas entre as gerações no que concerne aos seus padrões de
uso de drogas, a sociedade mais ampla, da qual os adolescentes são uma parte,
vem-se desenvolvendo como uma "cultura da droga" há muitos anos. Por
exemplo, de um quarto a um terço de todas as prescrições médicas atualmente
feitas no Brasil, Estados são para estimulantes ou comprimidos para regime
(anfetaminas) ou tranqüilizantes. Entre 1964 e 1977, as receitas de Valium e
Librium, os dois tranqüilizantes mais usados, aumentou de 40 para 73 milhões
por ano, só nos Estados Unidos.
Revistas, jornais, rádios,
televisões bombardeiam as pessoas com mensagens insistentes de que o alívio
para quase tudo - ansiedade, depressão, excitamento - depende "exatamente
de engolir mais um comprimido". Nas palavras de um garoto de 13 anos:
"Espera-se que nós não tomemos drogas, mas a TV está cheia de comerciais
mostrando pessoas correndo para obter seus comprimidos porque alguma coisa as
incomoda". Os adolescentes que adotaram essa maneira de ver como a vida
deve ser conduzida podem apenas estar refletindo modelos sociais e paternos.
Através de pesquisas têm se
mostrado que, os jovens cujos pais fazem uso significativo de drogas como
álcool, tranqüilizantes, fumo, sedativos e anfetaminas são mais inclinados que
os outros adolescentes a usar maconha, álcool e outras drogas. Como me disse um
garoto de 15 anos: "Em minha casa, não se pode espirrar sem tomar algum
comprimido. Minha mãe está sempre tomando alguma coisa para dor de cabeça, e
meu pai para ficar acordado a fim de trabalhar à noite. Eles não são
alcoólatras, mas certamente bebem muito. Assim sendo, sou algum criminoso por
fumar maconha?”.
Embora muitos adolescentes
estejam se tornando dependentes de drogas de alto risco, a maioria não está.
Apesar das predições lúgubres do fim dos anos 60 de que estávamos na iminência
de uma "epidemia" de uso de drogas entre adolescentes, nada disso
realmente aconteceu. O uso da maconha, álcool e fumo está disseminado entre os
jovens; mas o uso das drogas da "contracultura", como o LSD e outras
substâncias, inalantes (cheirar cola), estimulantes (anfetaminas) e calmantes
(barbitúricos) e produtos que ingressaram mais recentemente no campo das drogas
da juventude, como heroína, cocaína, PCP ("pó de anjo"), quaaludes
etc., não tem sido detectado senão em uma de cada cinco pessoas nos Brasil, (e
o índice geralmente é menor em outros países ocidentais). Muitos dentre os
antigos consumidores ocasionais abandonaram tais drogas sem as substituir por
outras.
Não podemos tapar o sol com
peneira, não há lugar para complacência. Embora seja certo afirmar, por
exemplo, que "apenas" de 3% a 5% dos estudantes de nível colegial no
Brasil, já experimentou maconha, isso significa mais de um milhão de jovens.
Além disso, o uso de drogas "tradicionais" (isto é, de adultos),
sobretudo o álcool, tem aumentado nos últimos anos, mais notavelmente entre os
adolescentes mais jovens.